terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Portal Minerando- Promon dá primeiro passo internacional com escritório no Peru

Lucas KallasA maior empresa brasileira de consultoria e engenharia de projetos está montando sua primeira base de atuação no exterior. A Promon Engenharia, que integra o grupo Promon, vai abrir neste mês as portas de seu escritório em Lima, capital do Peru, escolhido para sediar o primeiro passo de internacionalização da companhia.
A escolha do Peru não foi aleatória. O país é tido como um dos mais promissores no setor de mineração e metais na América Latina e tem atraído uma leva de investimentos de grupos estrangeiros. Dispõe de ricas reservas minerais de cobre, zinco, ouro, prata, chumbo e fertilizantes (fosfato) e de ferro. As brasileiras Vale e Votorantim Metais (VM) têm negócios com fosfato, zinco e cobre no país.
O movimento da Promon é o primeiro resultado da parceria com a Bridge Investimentos, empresa comandada por João Bosco Silva, que presidiu a VM e teve longa carreira na canadense Alcan em sua área de alumínio no Brasil. A associação, firmada ao longo de 2013, vai abranger projetos no setor mineral e de metais no Brasil e América do Sul.
A Bridge é uma consultoria dedicada à prestação de serviços nas áreas de estratégia, gestão de operações, fusões e aquisições, organização e governança corporativa. Já a Promon tem mais de 50 anos de expertise em projetos de consultoria e engenharia em diversos setores, como óleo e gás, mineração e metalurgia, fertilizantes, energia e mais recentemente com atuação reforçada em infraestrutura e meio ambiente.
A Promon chega ao Peru disputando quatro empreendimentos. "Hoje, o país é atendido basicamente por multinacionais de engenharia com escritórios fora do país, como Santiago, capital do Chile", afirma Bosco. "Não há um provedor local de serviços de engenharia", diz o consultor, que conhece bem o Peru. Foi Bosco quem comandou a entrada da VM no país, no negócio de zinco.
Os alvos não se resumem ao setor de metais, diz Felipe Lima, que é diretor-executivo do grupo desde 2010 e a partir de abril passou a presidir a Promon Engenharia. "O Peru tem grandes planos de investimentos em infraestrutura: em projetos de portos, estradas, ferrovias e hidrelétricas. São ótimas oportunidades de negócios para a Promon, que tem expertise também nessas áreas", afirma Lima. Ele observa que a economia peruana tem crescimento anual do PIB acima de 5% e está muito vinculada à área de mineração.
Engenheiro Mecânico pela Universidade Estadual de Campinas, Lima retornou à Promon após vários anos no setor financeiro (passou pelo Citigroup) e cinco anos na Votorantim Cimentos América do Norte (Canadá e EUA), como diretor financeiro, além de outras companhias.
Lima e Bosco destacam que a Promon, com seu amplo e tradicional conhecimento em projetos de engenharia, poderá oferecer um pacote completo de serviços. Abrange estudos de viabilidade econômica, de meio ambiente, desenvolvimento de mercado, projetos básico, detalhado e executivo e alternativas tecnológicas, além do gerenciamento e implantação de projetos.
Um dos exemplos foi o projeto de produção de vanádio, na Bahia, da Largo Resources, de R$ 500 milhões. A Promon cuidou de todo o processo de negociação da dívida com o Banco Itaú. "Neste momento de retração de investimentos do setor de mineração no mundo, as empresas buscam o máximo de controle sobre o orçamento", afirma Bosco.
Segundo Lima, recentemente a empresa foi assessora do grupo americano EIG nas negociações de compra do controle da LLX Logística, dona do Porto do Açú. "Fizemos a 'due diligence' técnica, de meio ambiente e de investimento e auxiliamos na parte de mercado e junto aos bancos credores". A Promon também assessorou a japonesa Mitsui na compra de 20% da hidrelétrica de Jirau do grupo GdF Suez e a CCR na licitação do Metrô de Salvador (BA).
"No Peru, nossa abordagem será de chegar e ocupar espaços, inclusive em parceria com empresas instaladas na capital Lima", dizem os executivos. Eles informam que, além das multinacionais, o setor tem atraído muitas 'junior companies' canadenses. "Há quase 150 empresas desse tipo no país, o triplo do Brasil".
A Promon Engenharia responde grande parte da receita do grupo. A expectativa era fechar 2013 com R$ 630 milhões, valor similar ao obtido um ano antes. Lima espera para este ano - "com uma carteira de pedidos saudável" - apresentar bom desempenho.
Gerido pelos próprios funcionários, o grupo Promon previa encerrar o ano passado com crescimento de 5% sobre a receita consolidada de R$ 2 bilhões obtida em 2012. Além da área de engenharia, tem a gestão da Logicales (telecomunicações), Trópico (central de dados e tecnologia), Promon Ambiental (que incorporou a Brandt) e da P-2 Brasil, da área de infraestrutura, em parceria com Pátria Investimentos.

Valor Econômico


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